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Assinatura do Termo de Reciprocidade ICMBio/IUCN

ICMBio - www.icmbio.gov.br
Autor: Carolina Lobo
29 de Jul de 2010

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) firmaram termo de reciprocidade com o objetivo de facilitar as atividades colaborativas para avaliação, conservação e recuperação das espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção. A assinatura do instrumento de cooperação técnica foi feita pelo presidente do ICMBio, Rômulo Mello, e pela diretora geral da IUCN, Júlia Marton-Lefevre., em cerimônia realizada nessa quarta-feira, dia 28 de julho, associada à 34ª Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco, em Brasília.

O presidente do Instituto Chico Mendes ressaltou o esforço preventivo que o governo brasileiro vem fazendo para minimizar a possibilidade de ampliação da Lista Nacional das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção. "Nesse Ano Internacional da Biodiversidade, o governo tem dado algumas respostas que há alguns anos não acreditávamos ser possível. Por exemplo, em um período curto de tempo, 10 anos, duplicamos as áreas protegidas do Brasil, em número e área. Todo esse trabalho de proteção de biomas e de ampliação de unidades de conservação é um trabalho preventivo e que evita que essa lista cresça", destacou Rômulo Mello.

Para ele, a parceria vai aprimorar a expertise técnica do ICMBio ao passar a utilizar o sistema da IUCN para gerar os dados para a atualização da Lista Brasileira: "Nós esperamos com essa parceria poder ganhar escala, poder daqui três anos olhar para a sociedade e dizer que 100% das espécies estão sendo tratadas".

A diretora geral da IUCN parabenizou o excelente trabalho feito diariamente pelo ICMBio e afirmou que a parceria vai facilitar as atividades de ambas instituições de atualização do rol, brasileiro e global, de espécies ameaçadas de extinção. "Esses esforços têm que ser concentrados e organizados", disse Júlia Marton-Lefevre.

Fazendo coro às declarações da diretora geral, o diretor regional para a América do Sul da IUCN, João Queiróz, destacou que o ponto de partida dessa aliança são as espécies ameaçadas, mas a expectativa é de que a colaboração seja ampliada futuramente. "É o primeiro passo de uma colaboração a longo prazo. Para nós é motivo de alegria que o Instituto Chico Mendes e o Brasil colaborem nessa metodologia e o mundo precisa de indicadores que tenham aplicação global."

O diretor de Conservação da Biodiversidade do ICMBio, Marcelo Marcelino de Oliveira, apresentou o trabalho realizado pelo Instituto em prol da conservação de espécies ameaçadas e falou sobre o significado do termo de cooperação. Para 2010 a meta é avaliar 20% das espécies brasileiras ameaçadas de extinção e para 2011 está planejado um conjunto de ações para conseguir 40% das espécies. "Isso dá uma perspectiva de chegarmos a 2014 com 100% das espécies avaliadas e a partir daí criar um ciclo contínuo de avaliação de espécies", mencionou.

"Esse termo de cooperação é extremamente importante. A metodologia que a IUCN adota é reconhecida mundialmente. Além disso, vamos estar juntos à IUCN aprimorando continuamente o conhecimento científico da avaliação das espécies", completou Marcelo Marcelino.

O diretor de Conservação da Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, Braulio Dias, representou a ministra do Meio Ambiente na solenidade. Destacou que o Brasil tem um patrimônio natural de imenso valor, mas não possui estimativa total do tamanho da biodiversidade. "Temos cerca de 200 mil espécies inscritas, semelhante ao número de espécies inscritas nos Estados Unidos, só que no Brasil talvez signifique apenas 10% do total. Grande parte da nossa biodiversidade permanece desconhecida." Também esteve presente à mesa de autoridades o coordenador nacional da IUCN, Luiz Fernando Krieger Merico.

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