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Assessoria de Comunicação Social

Ministério da Justiça -Brasília-DF
27 de Mar de 2003

Duas escolas indígenas Cinta Larga, etnia que habita as terras indígenas contínuas de Serra Morena, Aripuanã, Roosevelt e Parque Aripuanã, nos estados do Mato Grosso e Rondônia, fechadas há mais de dez anos, voltaram a funcionar. A técnica da Funai, Ângela Maria Silva, do setor de educação da Administração Executiva da Funai em Cacoal (RO) explicou que as escolas deixaram de funcionar em conseqüência das atividades ilegais do garimpo de diamante e agora estão atendendo estudantes de seis aldeias, que caminham até sete quilômetros para assistir às aulas.

O cacique Poeira afirmou que todos estão satisfeitos com a reativação das escolas e disse também que não acreditava que os alunos pudessem voltar a estudar, devido o envolvimento dos índios com a atividade ilegal de diamantes. "Não esperava que isso fosse acontecer e está sendo muito bom para o povo Cinta Larga", falou o cacique.Desde o ano passado a Funai, em ação conjunta com diversos órgãos federais e com as secretarias de Educação dos estados do Mato Grosso e Rondônia, está desenvolvendo uma série de ações para proteger as comunidades indígenas das conseqüências nefastas do garimpo de diamante naquela região. Além de reativar escolas, o órgão indigenista está realizando oficinas de resgate cultural da língua Cinta Larga, de manejo, interculturalidade, metodologia, planejamento escolar, entre outras, que deverão ser programadas até o final do ano. Um Grupo Tarefa, composto por indigenistas está acampado no garimpo desde janeiro para impedir o retorno dos garimpeiros, expulsos com o apoio dos guerreiros e lideranças Cinta Larga.

A AER de Cacoal registrou as escolas em cartório e, em breve, a elas receberão os recursos para material e merenda. Além das aldeias Capivara e Rio Furquim, na Terra Indígena Serra Morena, as duas escolas têm unidades com duas salas de aula, funcionando nas aldeias do Rio Seco, Taquaral e Cachoeirinha, na Terra Indígena Aripuanã. A Secretaria de Educação do Estado do Mato Grosso (Seduc) contratou seis professores para atender as escolas e todos estão morando nas próprias aldeias. "Logo que as chuvas melhorarem esses professores, que estão morando nas aldeias, participarão de oficinas de metodologia e interculturalidade", explicou Silva.

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