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Assembléia discute morte de indígenas

A Crítica
Autor: Alessandro Malveira
11 de Jul de 2007

A Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e a Fundação São Jorge vão explicar, hoje, à sociedade amazonense os porquês da falta de profissionais de saúde e da deficiência de estrutura no atendimento à saúde de indígenas da região de Eirunepé (A 1.245 quilômetros de Manaus). Desde fevereiro de 2006, 28 crianças Canamari e Culina da região morreram, vítimas de doenças como gastroenterite (vômito e diarréia), desnutrição, tuberculose, pneumonia e hepatite. Representantes das duas instituições e da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), foram convidados para um Audiência Pública na Assembléia Legislativa do Estado (ALE) para tratar do assunto. O evento começa às 14h30.

"Vamos levar à audiência o pleito da presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena da área, Francisca das Chagas. Ela no encaminhou um documento, um relatório do Médio Juruá, com o título 'Socorro! Nosso Povo está Morrendo!'. Vamos levar a reivindicação dela", disse o conselheiro Genivaldo Mayoruna, que representa a Coiab no evento.

A audiência será realizada pelas comissões de Assuntos Indígenas e de Direitos Humanos da ALE, por sugestão do deputado Luiz Castro (PPS). Na opinião do deputado, o caso tem de ser investigado e as providências para garantir um atendimento de saúde eficiente têm que ser tomadas imediatamente, para evitar que os índios sejam vítimas de uma nova tragédia, por desnutrição e negligência no atendimento médico.

Luiz Castro lembrou que as comunidades da área indígena do Vale do Javari sofrem há décadas com a epidemia de hepatite que já causou várias mortes. "Não podemos nos omitir diante da calamidade que atinge os povos indígenas no Amazonas", declarou o deputado.

Os presidentes da Comissão de Direitos Humanos, deputado Ângelus Figueira (PV), e de Assuntos Indígenas, José Lobo (PR), aprovaram a sugestão de Luiz Castro e se filiaram à idéia de defender o atendimento à saúde indígena.

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