VOLTAR

Arte indígena na Cidade Proibida

CB, Política, p. 2
22 de Mai de 2004

Arte indígena na Cidade Proibida

Quando se fala em arte indígena das Américas, a primeira imagem que vem à cabeça dos chineses são os incas e os maias presentes no México, na América Central e em parte da América do Sul. A partir da semana que vem, os governos do Brasil e da China esperam mudar essa realidade. 0 presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai inaugurar a exposição de 344 peças indígenas promovida pela Brasil-Conects, a mesma que levou para São Paulo os guerreiros de Xian esculpidos em terracota na dinastia Qin (século III a. C.).
Pela primeira vez, uma amostra de arte estrangeira terá lugar na torre da Divindade e Valentia, no portão norte da Cidade Proibida, que se tornou conhecida no Ocidente a partir do filme 0 último imperador, de Bernardo Bertolucci. "A China teve e tem uma grande civilização, mas tem interesse em conhecer civilizações de outros países", comenta o administrador do Museu Imperial da Cidade Proibida, Li Je.
Terminada em 1420, a Cidade Proibida foi residência de 24 imperadores, da dinastia Ming e Qyin. São 800 prédios que hoje formam o Museu Imperial chinês. Cada torre leva um nome. A que terá lugar a exposição de arte indígena brasileira nunca havia sido aberta à mostra de artes estrangeiras. Será a primeira vez. "Não precisa mais nada para demonstrar o interesse do governo chinês no Brasil", afirma o embaixador do Brasil na China, Afonso Ouro Preto.
A exposição será inaugurada na terça-feira por Lula. Dezenas de cocares, vasos de cerâmica e objetos que compõem os acervos do museu Emílio Goeldi, no Pará, e do Museu do Índio, no, Rio, estarão bem próximos da arte milenar chinesa. 0 complexo fica no meio de Pequim. Até a instalação da República Popular da China, em 1949, a cidade era restrita aos nobres. Hoje, a cidadela é visitada diariamente por dez mil pessoas de todo o mundo. (DR)

CB, 22/05/2004, Política, p. 2

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.