Estadão do Norte - Porto Velho - RO
01 de Abr de 2001
Ao participar, quinta-feira, da abertura do seminário sobre invasões nas unidades de conservação, o vice-governador e titular da Seapes, Miguel de Souza, destacou a importância das discussões sobre os problemas que atingem as reservas federais e estaduais de Rondônia. "Temos que buscar alternativas para que sejam propiciadas atividades de trabalho para as pessoas em outros setores, de forma que elas não continuem as invasões nessas áreas", destacou ele. O secretário do Desenvolvimento Ambiental, José Ribamar, denunciou invasões realizadas nas áreas de preservação existentes em na região de Jaci-Paraná. No evento, realizado no auditório da Ceplac, em Porto Velho, estiveram o presidente do Ibama Nacional, Hamilton Nobre Casara, o secretário de Estado de Desenvolvimento Ambiental, José Ribamar de Oliveira, o administrador regional da Funai/RO, Orlando Castro da Silveira, os representantes Roberval Zúniga Júnior (do Sebrae/RO), Marcelino Ferreira de Azevedo Filho (do Ibama/RO), José Lopes Bezerra (do Incra/RO), José Maria dos Santos (da Organização dos Seringueiros de Rondônia - OSR), Ivaneide Bandeira Cardoso (da Kanidé), Antenor de Assis Karitiana (Cunpir), entre outros. De acordo com o titular da Sedam, as unidades de preservação que sofrem maior pressão são as de Jaci-Paraná, de Cujubim, do parque de Guajará-Mirim (no lado de Nova Mamoré e Buritis) e o parque Serra dos Reis (em Costa Marques). "Em Jaci-Paraná estão os maiores problemas de invasão, por duas vezes já tentamos fazer a desintrusão. Temos que fazer com que a reserva não continue sendo invadida, principalmente no sentido de evitar que os invasores tenham acesso a outros unidades de conservação ambiental". Ele destacou a importância do plano de fiscalização ostensiva e permanente que estão sendo negociado com o Banco Mundial e com instituições federais. "É necessário fazer um trabalho de conscientização junto às populações no referente as unidades de conservação", enfatizou. Ribamar Oliveira informou que está confirmada a visita dos presidentes do Incra e do Ibama no próximo dia 9 no município de Buritis, "para que na oportunidade ele encontrem soluções referentes a retirada do pessoal da reserva". "O Estado está fazendo seu dever de casa. Em recente reunião em Manaus, representantes do Banco Mundial e do Ministério do Meio Ambiente enfatizaram que em Rondônia, o zoneamento vai ser mantido através de fiscalização permanente. O Estado está realizando o plano de fiscalização ostensiva que contempla as suas 71 reservas, que são as estaduais, federais e indígenas". De acordo com os dados da Sedam, existem 3 parques estaduais e um parque federal em Rondônia, que totalizam 6,01% da área do Estado. São duas reservas biológicas estaduais e duas federais, compreendendo 3,9% do território. As estações ecológicas estão situadas em 0,8% do Estado, numa área de 192.020,37 hectares. "O Bloco Machadinho é um exemplo a ser seguido. A unidade está intacta, sendo que para isso contamos com a parceria da Associação de Seringueiros de Machadinho D´Oeste", destacou o secretário de Desenvolvimento Ambiental.
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