VOLTAR

Apurinãs denunciam estado de calamidade

A Crítica-Manaus-AM
Autor: Aritisde Furtado
01 de Dez de 2005

Índios da etnia apurinã reclamam de abandono na saúde indígena

Aproximadamente 13 famílias indígenas da etnia apurinã, que vivem na comunidade São Francisco do Guiribé - Aecu-Ainé, no Município de Manacapuru (a 84 quilômetros de Manaus), estão passando fome. A denúncia é feita pelo líder tribal Francisco de Souza Queiroz, 34, conhecido na aldeia como Cãpoari.

A comunidade de índios apurinãs fica numa estreita faixa de terra localizada entre o bairro da Correnteza e o rio Miriti, afluente do rio Solimões, a 3 quilômetros do centro da cidade. O representante da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), presente na Conferência sobre Saúde Indígena realizada na semana passada em Manacapuru, preferiu não comentar a denúncia. Disse que poderia responder apenas questões relativas à saúde.

O líder indígena Cãpoari exerce a chefia do grupo no lugar do seu pai, o tuxaua João Inácio Queiroz, de nome indígena Wikinamari, que está doente. O líder diz que a comunidade é formada por 113 pessoas. Muitos, porém, saíram da aldeia para morar nos bairros do Município. Ele acredita que a migração deve-se às péssimas condições de vida nas quais vivem e a pequena extensão de terras para desenvolver atividades economicamente viáveis. "A maioria aqui vive de bico. Uns trabalham no frigorífico, outros de vigia", fala a liderança.

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.