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Apreendidos tratores e madeiras na terra Zoró

Estadão do Norte-Porto Velho-RO
17 de Set de 2003

Apreensões de 7.717,86 metros cúbicos de madeiras de várias espécies (inclusive, algumas ameaçadas de extinção) e de três tratores - skide, reto escavadeira e um de esteira. Este foi o resultado da operação de fiscalização que a Fundação Nacional do Índio (Funai) realizou na terra indígena dos Zoró. A área foi desintrusada, mas foi montada barreiras para evitar novas invasões.
Caxeta, ipê, cedro, cerejeira, frejó, peroba, camaru, sucupira, garapeira, angelim, jatobé a maracatiara. Estas são algumas das espécies florestais que estão sendo roubadas da terra indígena Zoró por parte de grandes grupos de madeireiros. Os desmatamentos indiscriminados já com prometem o ecossistema e a biodiversidade daquela unidade de preservação permanente.
Um abaixo-assinado elaborada pela Associação do Povo Indígena Zoró (Pangyjej) denuncia as pressões que os índios vêm sofrendo por parte dos madeireiros José João Pessoa e Luiz Turatti, que insistem em roubarem madeiras clandestinamente das áreas indígenas. No documento, fiscais do Ibama são acusados de receberem propinas para não fiscalizar os desmatamentos ilegais e indiscriminados. Outros envolvidos estão sendo investigados.
Segundo o coordenador Regional de Fiscalização, Abrahão Negreiros Tejas, as denúncias sobre a exploração ilegal de madeira na terra indígena Zoró já é do conhecimento do gerente executivo do Ibama/RO, Osvaldo Luiz Pittaluga; do procurador-geral do Ministério Público Federal, Francisco de Assis Marinho; e do superintendente da Polícia Federal, Marcos Aurélio Pereira de Moura.
Então, ao contrário do que a mídia tem divulgado, a Administração Executiva Regional da Funai em Rondônia vem envidando todos os esforços para evitar as invasões das terras indígenas. Inclusive, desde que assumiu a ERA/PVH, Rômulo Siqueira de Sá tem priorizado a intensificação da fiscalização, de forma a minar qualquer tentativa de invasões às reservas dos silvícolas no Estado.

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