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Apreendidos 20 mil metros cúbicos de madeira ilegal

Estado de S. Paulo-São Paulo-SP
03 de Jul de 2002

Trata-se da maior apreensão feita nos últimos anos no norte do Mato Grosso, na divisa com o Pará. A madeira apreendida pertence ao que as autoridades ambientais chamam de "máfia do mogno", organização liderada por madeireiros dos dois Estados

Cuiabá - Fiscais da operação "Amazônia Fique Legal", do Ministério do Meio Ambiente, com o apoio da Polícia Federal, aprenderam em três dias cerca de 20 mil metros cúbicos de madeira ilegal retirada da reserva dos índios Cinta-Larga, em Juína, norte de Mato Grosso. A madeira, de valor ainda não calculado, encheria 500 carretas e seria transportada para as regiões Sul e Sudeste.

Trata-se da maior apreensão feita nos últimos anos no norte do Mato Grosso, na divisa com o Pará. A madeira apreendida pertence ao que as autoridades ambientais chamam de "máfia do mogno", organização liderada por madeireiros dos dois Estados.

Segundo o gerente-executivo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Juína, Ramiro Juliano da Silva, durante 60 dias, 20 das 46 madeireiras do município foram fiscalizadas. A madeira, informou ele, é ilegal e não tem autorização do Ibama.

"As pessoas que trabalham neste setor têm que regularizar sua situação, uma vez que estão dando oportunidade para que todos os madeireiros façam isso", disse ele, informando que a operação vai continuar na região nos próximos dias.

A Polícia Federal investiga a participação de índios no contrabando de madeira retirada ilegalmente da reserva indígena. "Além de tirar espécies nobres, como o mogno, eles derrubam grande quantidade de outras árvores, como sucupira, maçaranduba, andiroba e jatobá", diz Ramiro Juliano.
Nelson Francisco

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