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Após relatos de crimes em aldeias, lideranças indígenas e PM fazem acordo de segurança em José Boiteux

G1 https://g1.globo.com/
03 de Abr de 2019

Lideranças indígenas e a Polícia Militar fizeram uma reunião em José Boiteux, no Vale do Itajaí, e firmaram um acordo para melhorar a segurança nas aldeias da região. Caciques relatam que criminosos invadiram as terras indígenas e fazem tráfico de drogas e desmanche de veículos nos locais. A ideia é que a PM atue mais próxima da comunidade.

A reunião ocorreu em 27 de março e foi divulgada pelo Ministério Público Federal de Santa Catarina (MPF), que intermediou o encontro, na terça-feira (2). O G1 aguarda manifestação da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Polícia Militar.

Criminalidade
"É muita droga, carro roubado. A gente liga para a PM, mas a PM não entrava aqui. Então a gente pediu reunião com o procurador e o comandante da PM", resumiu o cacique Agnaldo Vonble Farias, da aldeia Plipatólo, conhecida como Barragem. Ele estava no encontro.

O cacique relatou que os indígenas chegaram a ser ameaçados pela família de um homem que foi se esconder na aldeia e era tido como desaparecido.

A invasão de terras indígenas por parte de criminosos se iniciou há mais de um ano, conforme o cacique. "Abriu uma rinha e galo e aí começou tudo".

Terras da União
O procurador da República Anderson Lodetti de Oliveira explicou que, apesar das terras indígenas serem bens da União, nada impede a parceria com as forças de segurança quando as lideranças entendem que o momento exige.

Segundo o MPF, a PM relatou que não fazia um trabalho mais intenso e cotidiano na terra indígena por insegurança dos policiais de não saberem se são autorizados a exercer atividades nessa área.

O cacique afirmou que o acordo já surtiu efeitos. "Já começou a ter mudança. A polícia está fazendo ronda no colégio. A gente liga para eles e agora eles vêm".

Procurada pelo G1, a Polícia Federal afirmou que atua nas terras indígenas em casos em que a comunidade indígena como um todo esteja em risco. Nas demais situações, as polícias Militar e Civil fazem o primeiro atendimento.

https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2019/04/03/apos-relatos-…

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