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Ameaça aos oceanos é maior, diz a ONU

O Globo, Ciência, p. 36
10 de Abr de 2008

Ameaça aos oceanos é maior, diz a ONU
Estudo alerta que mudanças climáticas afetarão os ecossistemas marinhos

A possibilidade de o aquecimento global afetar um terço dos oceanos é três vezes maior do que previsões divulgadas há um ano. E isto coloca em risco à fauna marinha, segundo cientistas que colaboram com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.
Pesca predatória, poluição costeira e alterações nos mares foram observadas em todos 64 grandes ecossistemas marinhos pesquisados pelos cientistas. Os dados foram apresentados, ontem, numa conferência da ONU sobre oceanos e ilhas realizada no Vietnã.
- Esses ecossistemas marinhos estão sob grande estresse, e a situação piora com o aquecimento global - disse Ken Sherman, um dos autores. - Precisamos de decisões políticas e doações internacionais para financiar esforços de redução desse estresse.
Mar Amarelo é um dos mais degradados do mundo
Em 18 das 64 regiões analisadas, o aquecimento acelerado tende a ser duas a quatro vezes maior que a média de 2007 do Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas. Nas 800 páginas do relatório estima-se em US$ 12,6 trilhões anuais os prejuízos com bens e serviços decorrentes da degradação desses ecossistemas marinhos.
O recorde de aquecimento foi registrado no Mar Báltico: 1,35 grau Celsius nos últimos 25 anos. Outras áreas estão em perigo, como o Mar Amarelo, um dos mais degradados do mundo. Milhões de pessoas vivem na costa da China à península coreana, e a poluição das indústrias e fazendas aumenta a ameaça.
Para ajudar as nações mais pobres a gerir melhor seus ecossistemas marinhos, o Global Environment Facility (GEF), com base em Washington, está financiando projetos no valor US$ 1,8 bilhão em 16 países de África, Ásia, América Latina e Europa Oriental.
- Os riscos estão aumentando no que diz respeito à segurança alimentar, imigração e a doenças por causa da falta de proteção aos oceanos - disse Monique Barbut, diretora do GEF.

O Globo, 10/04/2008, Ciência, p. 36

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