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Ambientalistas discutem como barrar desmatamento na BA

A Gazeta- Salvador-BA
08 de Nov de 2002

Entidades da Rede de ONGs da Mata Atlântica na Bahia se reúnem hoje e
sábado, em Valença, para avaliar a situação da exploração madeireira no Sul do Estado. E
também definir uma estratégia de ação para barrar a destruição da Mata Atlântica na região.
As organizações não-governamentais dizem haver evidências de que, apesar da proibição
legal, o desmatamento continua e o transporte da madeira tem sido feito com autorização do
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) local.
"Tivemos acesso a algumas Autorizações de Transporte de Produtos Florestais (ATPF) que
não especificam a origem da madeira. Ao mesmo tempo, vemos muitos caminhões com toras
nas estradas e lojas de material de construção vendendo madeiras da Mata Atlântica, também
sem especificar a espécie ou a origem", diz Renato Cunha, do Grupo Ambientalista da Bahia
(Gambá).
Levantamentos
A Rede solicitou ao Ibama/BA a relação das ATPFs assinadas em 2002 e, ao Centro de
Recursos Ambientais da Bahia (CRA), a relação das serrarias na região com licenças
ambientais. "Queremos que provem que não há conivência com o desmatamento.
Caso contrário, estudamos entrar com ações na Justiça para responsabilizar os órgãos de
meio ambiente pela falta de fiscalização na região." A ONGs espera o resultado de um
inquérito administrativo da presidência do Ibama, em Brasília, para investigar supostas
irregularidades no Ibama/BA.(AE)
Problema é maior no Sul da Bahia
Levantamentos da Rede Mata Atlântica, que representa quase 40 entidades no Estado,
mostram exploração de madeira nativa em vários locais no Sul da Bahia. Entre as áreas
citadas estão o Vale do Jurucuçu, nas proximidades de Nova Alegria e Itamaraju; na Cumeeira
das Serras de Itagimirim (divisa com Itapebi); em Camamu, com pelo menos três serrarias
explorando matas nas localidades da Pimenteira e Marimbondo; Guaratinga, nas proximidades
de São João do Sul; e entre a BR-101 e Potiraguá.

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