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Ambientalista centra o olhar sobre a região Amazônica

O Liberal-Belém-PA
21 de Set de 2004

O ambientalista João Meirelles Filho lança hoje "O Livro de Ouro da Amazônia" (Ediouro), às 18h30, no estande da Livraria Jinkings, dentro da VIII Feira Pan-Amazônica do Livro. Resultado de 20 anos de pesquisa, a obra aborda os aspectos físicos da Amazônia, suas dimensões, seus povos nativos, sua biodiversidade, mas também discute a situação social da região, sua evolução nos 500 anos de Brasil e quais as ameaças que vem sofrendo desde a colonização. Entre as questões levantadas pelo autor está a insistência em se instalar na Amazônia a pecuária bovina extensiva, sistema que destruiu a Mata Atlântica, a caatinga e que consome o cerrado.

Mas Meirelles Filho não se limita a falar só do que é história ou a destacar os problemas que já vêem sendo discutidos há anos, como o desmatamento indiscriminado, o tráfico de drogas e de animais e a situação das nações indígenas. O autor também aponta novos rumos para a Amazônia - uma região essencialmente jovem, com mais de dois terços da população com menos de 25 anos -, partindo de uma análise de por que a Amazônia é importante para a humanidade, à luz de conceitos de cidadania, ética, brasilidade, consciência ecológica e desenvolvimento sustentável. A proposta do autor é aumentar a auto-estima do habitante local, valorizando a energia a partir do babaçu, o couro vegetal, as calorias do açaí, o selênio da castanha-da-Amazônia, a madeira do manejo sustentado, a farmácia da floresta.

O público ao qual o livro se dirige é, portanto, amplo, atendendo desde curiosos e interessados no tema até profissionais da área, como ambientalistas, passando por universitários e empresários. Além de uma linguagem acessível, o livro traz para o leitor leigo ferramentas para que ele compreenda melhor o complexo universo amazônico: um glossário que explica termos mais herméticos e específicos como "antropizado", "destoca" e "matupá"; uma listagem com medidas, abreviações e siglas; e um saboroso capítulo sobre as "lendas e crendices" da região, que desvendam histórias de Boto, do Matinta Pereira e do Boi de Parintins.Paulistano que vive entre São Paulo e Belém, João Meirelles Filho dirige a Escola Amazôniapé de Administração, do Instituto Peabiru (www.peabiru.org.br), na qual se dedica à capacitação de organizações do terceiro setor, à responsabilidade social empresarial e ao planejamento de ecoturismo.

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