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Amazônia exige política científica

Diário do Pará-Belém-PA
27 de Ago de 2004

SBPC abre o debate sobre o tema com a participação de mais de cinco mil pessoas

A Amazônia precisa de uma nova e redimensionada política para seu desenvolvimento científico e tecnológico. Essa foi uma das mais fortes propostas discutidas na reunião em que participaram mais de 5 mil pessoas. Com apenas 2% dos doutores brasileiros, a região que corresponde a 1/3 do território brasileiro exige aproximação científica para que seja descoberta. Para que isso seja possível, uma das medidas é ampliar e reestruturar a agenda da política científica para a região e aumentar o número de pesquisadores que estudem esse ecossistema.

"A Amazônia exige lidar com interações e diversidades complexas", diz Francisco Costa (ADA), que defende uma política científica organizada a partir do diálogo com a sociedade e alinhada às agendas científicas mundiais. O presidente da SBPC, Ennio Candotti, e o reitor da UFPA, Alex Fiúza de Mello, também participaram da mesa e ressaltaram a importância de entender a Amazônia como um sistema complexo e diferenciado, que precisa, portanto, de uma política especial e renovada para seu desenvolvimento científico e tecnológico. Também se discutiu a exposição mercurial na Amazônia, plantas medicinais, desenvolvimento sustentável, alfabetização e bioacústica, entre outros.

Culinária

Ontem também foram inaugurados os estandes de livros e publicações científicas (Múltiplos Saberes) e os de culinária regional (Múltiplos Sabores). O movimento superou a expectativa inicial da organização. "Isso demonstra apenas que o trabalho de todos os cientistas que se reúnem em Belém para multiplicar seus saberes e aprender com as especificidades locais é necessário.", conclui Ennio Candotti, comentando a importância das reuniões regionais para o estímulo e a colaboração que a ciência traz aos professores e alunos do Pará.

Hoje as atividades continuam com discussões sobre a biodiversidade da Amazônia, as línguas e culturas indígenas, o estudo sobre as comunidades negras rurais no Pará. Serão 89 minicursos e diversas outras atividades espalhadas pelo campus. Também acontecem os lançamentos dos Cadernos de Alfabetização Científica (Museu Paraense Emílio Goeldi) e o livro "Aulas criativas - dicas para o professor".

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