VOLTAR

Amapá, a floresta mais conservada do Brasil

Agência Amazônia de Notícias
11 de Mar de 2008

Florestas de terra firme, várzeas, cerrados, igapós e manguezais formam o Amapá. Macapá, capital do estado, é a única do Brasil cortada pela linha do Equador. Nela se pode observar o equinócio, fenômeno natural ocorrido no momento em que o sol tem sua trajetória alinhada à linha do Equador.

Com 143,4 mil quilômetros quadrados de área, no extremo-norte do Brasil, este estado com apenas 16 municípios tem a cobertura florestal mais conservada do País e sua diversidade de ecossistemas no Parque Nacional Montanhas do Tucumucumaque encanta brasileiros e estrangeiros. Pesquisadores e ambientalistas estão migrando para lá, em busca de conquistas científicas e atraídos pela ativa população indígena.

Nome de origem indígena, da nação Nuaruaque, o Amapá também é uma espécie de árvore brasileira da família Apocináceas, que dá um leite e um fruto saboroso em formato de maçã cor roxa, integrante da farmacopéia do mundo amazônico.

Pólo ecoturístico e extrativismo

Não é bem habitado, apesar de sua vasta extensão. Tem pouco mais de 477 mil habitantes. Faz divisa com o estado do Pará e é fronteiriço ao Suriname e Guiana Francesa. Dispõe de um pólo ecoturístico abrangendo os municípios de Oiapoque, Pracuúba, Tartarugalzinho, Serra do Navio, Macapá, Mazagão e Laranjal do Jari.

De economia baseada no extrativismo vegetal e mineral, o Amapá explora palmito, castanha-do-pará, e madeiras. Manganês, ouro, caulim e granito são os minerais mais encontrados. A produção agrícola limita-se ao cultivo de arroz e mandioca. Na pecuária, predominam as criações de búfalo e o gado bovino.

O setor industrial dedica-se ao processamento mineral, à extração da madeira e à pesca. A costa do Amapá é banhada pelo Rio Amazonas. A capital, guarda relíquia da arquitetura militar do século XVIII, na qual se sobressai a Fortaleza São José de Macapá, restaurada e transformada em centro de atividades culturais.

Monumentos e pororoca

Entre os pontos turísticos localizados na zona urbana da capital, destacam-se o Monumento Marco Zero do Equador, o Trapiche Eliézer Levy, Museu Sacaca do Desenvolvimento Sustentável e o Mercado de Produtos da Floresta. Com sua costa influenciada pela foz do Rio Amazonas, a zona costeira do Amapá apresenta cenários belíssimos, formados por lagos residuais que abrigam fantástica biodiversidade de fauna e flora flúvio-marinha, onde habitam várias espécies de aves e peixes.

É nessa região que ocorre a pororoca, fenômeno natural do encontro das águas fluviais e águas oceânicas, formando ondas gigantescas que invadem o Continente.

A foz do Rio Amazonas acolhe também o Arquipélago do Bailique, complexo insular formado por oito ilhas que servem de refúgio para aves migratórias. Oferece ainda paisagens naturais de grande beleza onde está sendo criada uma unidade de conservação para atividades de ecoturismo. Em Mazagão, a região de Maracá tem como atrativos sua natureza exuberante e rios encachoeirados.

Marrecas, gaviões e guarás

Em Pracuúba, o visitante encontra pássaros e ninhais de excepcional beleza. Também pode ver marrecas, garças, guarás, e gavião-real. E ainda, um grande número de peixes espécies tucunaré e pirarucu. Pratica-se ali a pesca esportiva. Na porção centro-oeste localiza-se a Serra do Navio, com cobertura de floresta densa de terra firme, e o Rio Amapari, com diversas corredeiras. Ali reina uma espécie rara de beija-flor avermelhado, o conhecido "brilho de fogo".

Castanha-do-Brasil

Na região sul, encontra-se a Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Iratapuru, com ecossistema rico em biodiversidade e habitado por populações tradicionais. Iratapuru foi criada para manter o equilíbrio ecológico e proporcionar a exploração sustentável dos recursos naturais da região.

Habitantes da floresta estão envolvidos com o extrativismo da castanha-do-Brasil, transformada em óleo, farinha e, principalmente, em biscoito. A gastronomia amapaense é rica. Entre outros, tem o açaí, fruto de onde se retira o vinho, e pela variedade de temperos de sabor inigualável em peixes e camarões regionais, grelhados, assados ou cozidos, servidos com tucupi e farinha de mandioca.

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.