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Amanco melhora produção e economiza US$ 6 milhões

GM, Saneamento & Meio Ambiente, p. A10
16 de Jun de 2004

Amanco melhora produção e economiza US$ 6 milhões

Custos operacionais mantém-se estáveis há cinco anos; lucro triplicou. A Amanco, fabricante de tubos e conexões do grupo Nueva, obteve uma economia de US$ 6 milhões no processo produtivo nos últimos dois anos com redução do consumo de água, energia elétrica e melhor aproveitamento das matérias- primas industrializadas. O resultado é fruto da adoção do programa de "sustainability scodecard", uma estratégia empresarial que busca criar valor econômico, social e ambiental de forma integrada. O grupo Nueva possui ativos da ordem de R$ 7,2 bilhões.
Os custos operacionais da Amanco mantiveram-se nos mesmos patamares nos últimos cinco anos, enquanto o lucro apurado no conceito de Ebitda subiu três vezes entre 1999 e 2003. O ganho ocorreu pela redução do consumo de insumos, mesmo com aumento da produção. O consumo de água diminuiu, neste cinco anos, em 50%; o consumo de energia, em 30% e a produção de sucatas em 70%, o que indica um menor desperdício de matérias-primas na produção.
Responsabilidade social
"É uma verdadeira integração dos âmbitos econômico, social e ambiental no gerenciamento da empresa. Criamos nossa própria ferramenta de administração", afirma Júlio Moura, que comanda o grupo Nueva em 17 países, a partir da sede que fica em San José da Costa Rica. "A responsabilidade social e ambiental da empresa não está em sua atuação filantrópica e, sim, na adoção de práticas de gestão empresarial socialmente responsável", diz o executivo.
Catarinense de Florianópolis, Júlio Moura é responsável pelo faturamento de R$ 4 bilhões anuais dentro de uma visão inovadora de produzir e fazer negócios. O objetivo maior do grupo que emprega 17 mil colaboradores é criar valor econômico sustentável a longo prazo. A geração de bons resultados está vinculada a práticas de responsabilidade social e empresarial e também através de agregação de valor, por meio da gestão ambiental.
Para Júlio Moura, a longo prazo o sucesso das empresas está vinculado ao sucesso da sociedade. Quando mais reduzida a renda de um país, menor será as chances de negócios de qualquer empresário. "Como podem prosperar as empresas, se os mercados são instáveis e se os níveis de pobreza e educação em alguns países reduzem o mercado a uma fração do seu potencial?", pergunta Moura. Para ele, em países onde as instituições governamentais são frágeis e pouco confiáveis, com elevado percentual de corrupção, os empresários são cautelosos em investir e gerar empregos.
"Há empresários que atribuem aos governos responsabilidade exclusiva destes problemas. Mas muitos acham que também a forma como desenvolvemos os negócios pode ajudar a construir cidadania, a melhorar a qualidade de vida e a fazer prosperar as empresas", diz Júlio Moura.
Metas anuais
Além da Amanco, o grupo Nueva opera no Brasil com a Ecos e a Masisa, indústria de beneficiamento de madeira. O modelo de gestão empresarial desenvolvido pela empresa envolve avaliação permanente de resultados nas dimensões de recursos humanos, social, ambiental, processos tecnológicos, atendimento aos clientes e financeiro. Ao cumprir com todos estes objetivos, a Amanco, que produz tubos e conexões para o transporte de fluidos para prédios, infra-estrutura e irrigação agrícola, espera crescer 10% ao ano em suas vendas e gerar retorno sobre os seus ativos líquidos da ordem de 24% a seus acionistas.

GM, 16/06/2004, Saneamento & Meio Ambiente, p. A10

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