VOLTAR

Alunos visitam aldeia rikbaktsa em retribuição

Gazeta de Cuiabá-Cuiabá-MT
25 de Jun de 2002

Alunos da rede municipal de ensino de Cuiabá estão visitando uma aldeia indígena da etnia rikbaktsa, localizada no município de Brasnorte, a 700 quilômetros da capital.

Um ônibus com 25 estudantes e cinco professores saiu, na última sexta-feira, dia 21, à tarde, com destino à aldeia. Foram 12 horas da viagem.

Eles devem retornar hoje, com chegada marcada para as 10 horas, cheios de lembranças gravadas na memória.

A visita faz parte do Intercâmbio Cultural Cidade/Aldeia, realizado pela Secretaria Municipal de Educação (SME).

Durante quatro dias, os estudantes aprenderam sobre a cultura dos rikbaktsas, exímios canoeiros e conhecidos, internacionalmente, pelo trabalho feito com plumagem.

A visita é uma retribuição aos estudantes indígenas que estiveram, no dia 11 deste mês, em Cuiabá. Foi a primeira vez que os pequenos índios, desta etnia, vieram à capital, onde conheceram os pontos turísticos mais importantes e também as escolas da rede municipal de ensino.

A atual população da aldeia é de 840 pessoas e somente as índias mais velhas é que falam a língua rikbaktsa. Crianças, jovens e adultos se comunicam por meio da língua portuguesa.

Mesmo sem energia elétrica, o que impede o uso de eletrodomésticos e computadores, os rikbaktsas incorporaram vários hábitos da sociedade urbana, como o idioma, por exemplo.

Embora comercializem borracha, eles sobrevivem, basicamente, da caça e da pesca, dois costumes indígenas milenares, passados de pai para filho.

Paulinho Rikbaktsa é o personagem mais conhecido da aldeia. Ele é um dos professores que cursam a Universidade Indígena, em Barra do Bugres, iniciativa inédita na América Latina.

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.