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Aldeia Maracanã resistirá até o último minuto

Jornal do Brasil - http://www.jb.com.br/
20 de Mar de 2013

Em reunião entre os representantes das diferentes etnias indígenas da Aldeia Maracanã, nesta tarde de quarta-feira (20), ficou decidido que eles permanecerão no local até a chegada da polícia e dos agentes do governo do estado. A decisão é por conta de uma ordem da Justiça Federal, que determina que os indígenas deixem o local até o fim da noite desta quarta (20), onde está localizado o antigo prédio do Museu do Índio.

"Decidimos ficar na aldeia até o último minuto e esperar que o governo nos tire daqui", afirmou um dos integrantes da cúpula da Aldeia Maracanã, Afonso Apurinã.
Tranquilos, índios prometem resistir à chegada de agentes do estado pacificamenteTranquilos, índios prometem resistir à chegada de agentes do estado pacificamente

Segundo Apurinã, os indígenas acreditam que os policiais e agentes do governo do estado chegarão à aldeia por volta das 6h desta quinta-feira (21).

Na verdade, caso a ação de reintegração de posse seja realizada antes do horário previsto pelos índios, o governo do estado estará cometendo um crime. Como informou uma fonte da Defensoria Pública da União (DPU), nenhuma ordem judicial que determina a retirada de uma pessoa do local onde mora pode ocorrer entre 18h e 6h.

Também um dos líderes da Aldeia Maracanã, José Guajajara afirma que o clima entre os índios é de tranquilidade e que toda ação indígena será pacífica.

A Polêmica

Na última sexta-feira (15), a Justiça Federal determinou um prazo de 72h para os índios saírem do local, que se esgotaria na última segunda-feira (18). No entanto, na interpretação do juiz da 8ª Vara Federal, Renato Cesar Pessanha, esse prazo só começou a ser contado a partir de segunda (18), primeiro dia útil após a determinação de despejo.

A decisão que determinou a desocupação do imóvel foi ordenada pela Justiça Federal, pois o governo do Rio havia entrado com um mandado de imissão de posse do prédio, comprado da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Diante da ordem, o defensor público da União Daniel Macedo ingressou no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) com um recurso de agravo de instrumento, pedindo mais 15 dias de prazo, além das 72h estipuladas pela Justiça Federal. Porém, o recurso foi negado pelo juiz federal Renato Pessanha e, a qualquer momento, os índios podem ser desalojados do imóvel.

http://www.jb.com.br/rio/noticias/2013/03/20/aldeia-maracana-resistira-…

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