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Alckmin volta a negar racionamento de água em SP

OESP, Metrópole, p. E2
15 de Mar de 2014

Alckmin volta a negar racionamento de água em SP

Caio do Valle

Apesar de moradores da zona norte da capital paulista considerarem um racionamento de água a situação que vêm enfrentando há cerca de 20 dias, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) negou ontem que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) esteja reduzindo o fornecimento na região por causa dos baixos níveis de reserva do Sistema Cantareira. Os cortes, porém, têm se repetido nas noites das últimas semanas.
Na semana passada, o Estado já havia reportado falta de água na região. Mas, segundo o tucano, não houve aumento do número de reclamações por problemas de falta de água. "Hoje, não temos nenhum racionamento", declarou Alckmin, em evento na Prefeitura de São Paulo. Sobre a falta de água na zona norte, disse: "Vou checar".
Conforme Alckmin, houve redução por causa da transferência de água de outros sistemas de reserva. Ele citou o Sistema Guarapiranga, que "tem quase 70% de reserva", e o Alto Cotia, com "mais de 90%". Segundo a Sabesp, o Sistema Alto Cotia tinha ontem, porém, 59,1% de reserva em relação à sua capacidade. Moradores do Tucuruvi alegam que a situação é de racionamento. A dona de confecção Soraya Bechara, de 36 anos, diz que desde terça-feira fica sem água a partir das 23h. "A água do filtro é da rua, quando acordamos para beber, não tem", conta. A psicóloga Sonia Cafardo, de 66 anos, também reclama. "Quando ligamos na Sabesp, alegam que não há notificação de que está faltando no bairro".
A Sabesp enviou ontem resposta ao Estado sobre casos de falta de abastecimento citados em uma reportagem de 7 de março. Segundo a companhia, a falta d'água em Osasco se deve ao acentuado crescimento populacional. No Jaçanã e na Vila E de, a companhia diz não ter constatado falta d'água.
O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Guarulhos informou ontem que o racionamento de água do município será feito em um esquema de rodízio de um para um (um dia com água e outro sem, alternadamente) para os 850 mil moradores abastecidos pelo Cantareira.

OESP, 15/03/2014, Metrópole, p. E2

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