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Alckmin quer água do Rio Pinheiros na Billings

OESP, Metrópole, p. A15
13 de Fev de 2015

Alckmin quer água do Rio Pinheiros na Billings
Governador sugere retomar projeto de tratamento abandonado com o fracasso da flotação; meta é reduzir dependência do Cantareira

Fabio Leite e Felipe Resk - O Estado de S. Paulo

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou nesta quinta-feira, 12, que pretende retomar o projeto de tratamento das águas do Rio Pinheiros, que atravessa as zonas sul e oeste da capital paulista, e revertê-las para a Represa Billings, na região do ABC, para aumentar ainda neste ano o estoque para abastecimento da Grande São Paulo durante a crise hídrica.
"Eu sempre defendi este trabalho, porque é o ciclo virtuoso: você limpa o rio, coloca água na Billings, uma parte da água vai para Guarapiranga, para abastecimento humano, e uma outra parte vai para (a usina) Henry Borden, para gerar energia elétrica em Cubatão, que é muito eficiente", disse Alckmin. "Nós sempre fomos grandes defensores desse projeto. O doutor (Jerson) Kelman (presidente da Sabesp) está retomando. Houve lá atrás um questionamento do Ministério Público, mas acho que a gente pode retomar esse trabalho."
A reversão do Rio Pinheiros para a Billings ocorreu de forma permanente desde a conclusão do reservatório, na década de 1950, até 1992, quando houve a suspensão causada por elevados índices de poluição. Agora, as comportas da Usina de Pedreira são abertas para conter a cheia do rio na capital.
Em 2007, o governo paulista iniciou os testes de flotação, técnica que consiste em aglutinar a sujeira do rio em grandes grãos para removê-los, mas a iniciativa foi suspensa dois anos depois e abandonada em 2011. Alckmin, porém, não detalhou a proposta e a Sabesp ainda está estudando a medida.
O governo paulista aposta no uso das águas da Billings para bombear mais água para os Sistemas Guarapiranga (1 mil litros por segundo) e Alto Tietê (4 mil l/s) e assim atender bairros hoje no Sistema Cantareira, o mais crítico, até o início da próxima estação chuvosa, em outubro. A ideia é reduzir o número de clientes do Cantareira de 6,5 milhões para 5 milhões, e evitar um rodízio oficial.
Análise. Para um professor da Faculdade de Saúde Pública da USP, a Sabesp tem condições de limpar o Pinheiros e revertê-lo para a Billings para abastecimento. "Mas tem de ser bem feito, para não trazer prejuízo."

OESP, 13/02/2015, Metrópole, p. A15

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