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Alckmin e Dilma agora falam em parceria contra falta de água em SP

FSP, Cotidiano, p. C4
30 de Out de 2014

Alckmin e Dilma agora falam em parceria contra falta de água em SP
Governador diz que governo federal é 'grande parceiro' e baixa tom das críticas trocadas na eleição
Na terça (28), Dilma havia dito que governo está disposto a ajudar o Estado; diretor da ANA também fala em união

DE SÃO PAULO

Após o segundo turno das eleições, os governos federal e estadual baixaram o tom, diminuíram as críticas, e agora falam em unir forças para encontrar soluções para a falta de água em São Paulo.
Na semana das eleições, o presidente da ANA (Agência Nacional de Águas), Vicente Andreu, afirmou que se a segunda cota do volume morto acabasse o governo paulista iria tirar água do "lodo" do sistema Cantareira.
Em resposta, foi chamado de "vagabundo" pelo deputado federal José Aníbal (PSDB-SP), numa rede social.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB), nesta quarta (29), adotou discurso mais brando e definiu o governo federal como "um grande parceiro".
Alckmin pretende pedir à União recursos financeiros e a desoneração de impostos para enfrentar a crise. "A eleição já acabou. Não deve haver um terceiro turno. Isso prejudica a população. A nossa disposição é a do diálogo e da cooperação", disse."É inacreditável. Só a Sabesp paga ao governo federal R$ 680 milhões de PIS e Cofins."
Ele também defendeu parceria com o governo federal para as obras de interligação do reservatório de Jaguari, da bacia do Paraíba do Sul, com a represa do Atibainha, do sistema Cantareira.
O governador evitou comentar a entrevista concedida pela presidente Dilma Rousseff (PT), à TV Bandeirantes, na terça (28), na qual disse ter informado o governo estadual em fevereiro sobre o risco da falta de água.
Na entrevista, Dilma afirmou também que persiste a intenção de ajudar o Estado.
Em evento nesta quarta, um diretor da ANA, Antônio Félix Domingues, adotou discurso parecido. "Nós temos que levar em consideração que as eleições já passaram e que agora é preciso que todos se unam para resolver o problema, pois a crise não está resolvida, está começando."
Ele, porém, continuou crítico à gestão da crise. "A luz amarela acendeu em novembro e voltou a acender em janeiro. Acho que faltou foi um pouco mais de prudência no estoque de água", disse.
Nesta quarta, o sistema Cantareira, que fornece água para a Grande SP, tinha 12,7% de sua capacidade, já contabilizando os 10,7 pontos percentuais da segunda cota do volume morto.
(GUSTAVO URIBE, CÉSAR ROSATI E ARTUR RODRIGUES)

FSP, 30/10/2014, Cotidiano, p. C4

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano/193184-alckmin-e-dilma-agora…

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