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Águas passadas

Ciência Hoje n. 314, mai., 2014, p. 48
31 de Mai de 2014

Águas passadas
Pesquisa alerta para a contaminação dos igarapés de Manaus

Isadora Vilardo

Os igarapés já foram locais de diversão para a população de Manaus (AM) e encantam o imaginário popular até os dias de hoje. Mas a urbanização mudou muito a qualidade dos belos 'caminhos de canoa' - significado da palavra igarapé em tupi. Atualmente, a maioria dos riachos preservados da cidade está dentro da Reserva Florestal Adolpho Ducke, onde só podem ser visitados com a devida autorização. Fora da área de preservação, os igarapés sofrem a ação humana e já se mostram poluídos.
Um estudo do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) busca entender melhor as condições desses pequenos cursos d'água dentro da reserva de modo a estabelecer um padrão de qualidade. "Queremos ter conhecimento sobre a condição de nossas águas superficiais em área de terra firme na Amazônia central", explica o químico Sávio Ferreira.
Para isso, ele analisou, junto com colegas, três igarapés dentro da reserva em Manaus: Bolívia, Sabiá e Aliança com Deus. O igarapé Bolívia segue seu curso de dentro da reserva até a área urbana, mas, antes de chegar à cidade, encontra-se com os outros dois igarapés, que fazem o caminho inverso. "Até esse encontro, o Bolívia não está contaminado", diz Ferreira. "Mas, ao receber as águas dos igarapés que vêm da cidade, ele já sai da reserva alterado."

Ciência Hoje n. 314, mai., 2014, p. 48

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