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Água em foco

OESP, Projetos Especiais, p. 9
30 de Jun de 2016

Água em foco

Lançado em 2010, o Programa Água Brasil é uma iniciativa do Banco do Brasil (BB) em resposta à importância dos recursos para o desenvolvimento sustentável do País. Por não ser uma expertise do setor financeiro, o banco contou com parceiros externos: a Fundação Banco do Brasil, braço social do BB com know-how em tecnologias sociais; a WWF Brasil, organização conservacionista com experiência operacional de análises ambientais, e Agência Nacional de Águas (ANA), que traz os desafios governamentais e prioridades relacionados aos recursos hídricos. "Em 2014, a crise hídrica em São Paulo evidenciou o acerto deste posicionamento de busca de soluções relacionadas ao tema", diz Wagner de Siqueira Pinto, gerente executivo da Unidade de Desenvolvimento Sustentável e Negócios Sociais do BB. No mesmo ano, o Banco Central instituiu a resolução 4.327, que estabelece a implementação de uma política de responsabilidade socioambiental pelas instituições financeiras.
Nos primeiros cinco anos, o Banco do Brasil desembolsou 54 milhões de reais em ações voltadas à melhoria da qualidade da água e ampliação da cobertura vegetal natural em sete microbacias brasileiras. O programa ajudou na implantação de práticas agropecuárias mais adequadas a cada realidade. Foram desenvolvidos neste processo 1.300 produtores, 125 envolvidos com o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) dentro do programa Produtor de Água da ANA. "Participo do Água Brasil desde2013. Com a iniciativa, ganhamos sementes e colaboração de mão-de-obra para um sistema ecológico natural, sem química, um sistema de adubação verde, para melhorar a pastagem para o gado", diz Fatima Cabral, produtora rural que tem 60 cabeças de gado, em 12 hectares na microbacia Cancã e Moinho, próximo ao município de Joanópolis (SP).
De 2016 a 2020, o foco será o Bioma Cerrado, onde nasce boa parte das principais bacias hidrográficas brasileiras. "Vamos continuar os processos de aprimoramentos socioambientais e análise de riscos para desenvolver modelos de negócios focados no compromisso de redução de gases do efeito estufa, assumido pelo Brasil na COP 21", diz Pinto. O orçamento previsto nesta fase é R$ 50,8 milhões, sendo R$ 35,8 milhões destinados ao Instituto Terra, do fotógrafo Sebastião Salgado, que desenvolve trabalhos para recuperação de mananciais na abrangência do Rio Doce, que engloba a região de Mariana (MG).

OESP, 30/06/2016, Projetos Especiais, p. 9

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