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Agressão em dia de Índio

Amazonas em Tempo-Manaus-AM
20 de Abr de 2006

No dia em que os índios deveriam estar em festa, comemorando o seu dia, um caso lamentável aconteceu em Manaus. Três índios, depois de serem expulsos da Panificadora D-Minhóis, localizada na rua Ferreira Pena, 1188, foram ao 1o Distrito Policial (DP), localizado na Praça 14 de Janeiro, denunciar o proprietário do estabelecimento.

Sebastião Manchineri, 36, que é Assessor da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB), sua esposa, Isa Maria Castro dos Santos, 40, e o ator, Júlio Fidelis Baniwa (foto), 31, foram a Panificadora para tomar café da manhã. Quando chegaram ao local, encontraram a banca com algumas guloseimas, não vendo ninguém para atendê-los, Manchineri pegou um pedaço de bolo que estava em uma boleira e foi sentar-se.

"Eu peguei um pedaço de bolo que estava na mesa, quando percebi, o proprietário da panificadora, começou a chamar minha atenção, dizendo que eu era mau educado, que eu não poderia ter metido a mão, pois ele estava lá para nos atender", disse, Manchineri.

Manchineri informou que Daniel estava muito alterado, e que começou a ofendê-los com palavras de baixo nível, mandando todos eles irem embora, pois quem mandava lá, era ele. "Dissemos a ele, que não íamos embora, pois queríamos tomar café, não íamos comer de graça, não fizemos nada de mais. Se ele disse que eu peguei uma cadeira, realmente peguei uma cadeira de plástico, mas foi depois que ele apareceu com um pedaço de ferro, vindo em nossa direção", concluiu Manchineri.

Baniwa informou que Daniel chegou a pegar uma barra de ferro para agredi-los, sendo impedido por sua esposa. "Ele veio com uma barra de ferro, a esposa dele tentou evitar e foi empurrada no balcão. Não sei porque ele estava tão alterado. Ele nos ofendeu muito, dizendo que lugar de índio é na aldeia, disse que nós não temos educação", declarou Baniwa.

"Educação eu tive na minha aldeia e com certeza fui bem educado, queria apenas ser bem atendido, ele chegou a puxar uma machadinha tentando nos intimidar", concluiu Baniwa.

Isa Maria, que presenciou o fato, disse estar traumatizada, pois não acreditava que tinha passado por toda essa situação. "Fomos ao local apenas para comer tapioca, que eu pedi, disse que estava com vontade, infelizmente isso aconteceu", disse Isa.

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