VOLTAR

ADOLESCENTE NARRA COM FRIEZA DETALHES DO ASSASSINATO DE APOENA MEIRELES E SUA ROTA DE FUGA

Rondoniagora-Porto Velho-RO
13 de Out de 2004

Jovem de classe média, nascido em Belém (PA), residente, à rua Eudoxia de Barros, no 6071, Conjunto 4 de Janeiro, bairro da zona Norte de Porto Velho, o adolescente de 17 anos de idade, assassino confesso do indigenista José Apoena Meireles, 55, executado na noite do último sábado, no interior da agência central do Banco do Brasil, contou com frieza e riqueza de detalhes todos os passos que o levaram a praticar a ação criminosa e sua rota de fuga.
De acordo com o infrator, a arma utilizada no crime, um revólver de calibre 38, foi emprestada por um amigo seu, conhecido apenas pelo apelido de Chiquinho, cerca de duas horas antes do ocorrido, quando ambos ingeriam cachaça com Coca-cola, na Av. Jorge Teixeira, próximo da Av. dos Imigrantes, zona Norte. Ele alegou ao amigo que queria apenas "tirar onda" com a arma, mas na verdade sua intenção era praticar assalto.
Por volta das 20h, o mesmo saiu de sua residência montado em uma bicicleta Monark modelo Mountain Bike de cor azul em direção ao centro da cidade, a procura de uma vítima para assaltar. Foi direto ao Banco do Brasil, onde deparou-se com duas ou três pessoas nos terminais eletrônicos, mas não teve coragem de ataca-las. Em seguida ficou por cerca de quinze minutos do lado de fora, próximo a um orelhão, quando avistou um casal chegando em um carro escuro, adentrando em seguida à agência.
O adolescente conta que colocou sua bicicleta na rampa e também adentrou ao banco. Indo ao caixa eletrônico, manteve certa distância do casal (Cleonice e Apoena) e não viu a quantia em dinheiro que eles sacaram. Na seqüência levantou a camisa, mostrou o revólver e anunciou o assalto. Apoena reagiu e teria agredido o homicida com socos e pontapés, ocasião em que o infrator disparou o primeiro tiro, próximo à saída. Como a vítima prosseguia com as agressões, efetuou o segundo disparo, fazendo com que o indigenista caísse ao piso.
Ainda segundo o acusado, durante a luta corporal o mesmo se apossou do celular de Apoena, um Nókia de cor cinza, modelo 82i. Em seguida roubou a carteira de Cleonice, pegou sua bicicleta e fugiu. Seguiu pela rua Dom Pedro II em direção à Catedral, entrou pela rua José Bonifácio e foi cortando várias outras ruas até chegar na Av. Jorge Teixeira, onde entregou o celular para Cleiton do Espírito Santo, que o vendeu a João Paulo Galdino Batista, o Velho, por R$ 70. O próximo passo foi devolver a arma para Chiquinho, que continuava ingerindo bebida alcoólica na companhia de dois rapazes.
O menor também disse que não revelou a ninguém o ocorrido, e que somente dois dias depois ficou sabendo através da imprensa que a vítima do roubo era Apoena Meireles. Na noite desta terça-feira, quando se encontrava em frente sua residência, foi abordado pelos policiais, não reagiu à prisão e colaborou narrando os fatos

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.