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04 de Mai de 2010
Três funcionários de uma fazenda no MS são acusados de matar o cacique guarani-kaiowá
Mesmo sem a presença dos três acusados de matar o cacique guarani-kaiowá Marcos Veron, 72, a Justiça Federal manteve o julgamento dos réus, que começou na manhã desta segunda-feira (3). Por determinação da juíza Paula Mantovani Avelino, da 1ª Vara Federal de São Paulo, os acusados têm até amanhã para comparecer ao julgamento.
Embora o cacique tenha sido morto no município de Juti, em Mato Grosso do Sul, o Ministério Público Federal pediu a transferência do júri para São Paulo, alegando que não havia condições de garantir um julgamento imparcial naquele Estado.
Segundo a assessoria da Justiça Federal, o julgamento pode durar até 20 dias. A Justiça deve começar a ouvir as testemunhas a partir de amanhã.
Veron teria sido morto pelos seguranças da Fazenda Brasília do Sul, em janeiro de 2003, durante uma série de ataques para expulsar o grupo de índios que estava acampado no local. Os indígenas reivindicam a área como Terra Takuara.
Devido ao destaque dado ao crime, o caso ganhou notoriedade e é acompanhado pela Funai (Fundação Nacional do Índio) e por organizações não governamentais ligadas aos direitos humanos.
Para o advogado de defesa dos acusados, Josephino Ujacow, o destaque dado ao julgamento é "uma manifestação favorável aos índios, como se tivesse havido uma tragédia imensurável".
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