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25 de Mar de 2010
O fortalecimento institucional das comunidades quilombolas do Território da Cidadania de Vale do Ribeira, no Paraná, foi uma das Boas Práticas apresentadas na terça-feira (23), durante o II Salão Nacional dos Territórios Rurais - Territórios da Cidadania em Foco. A iniciativa visa reconhecer oficialmente essas populações, além de promover a capacidade de administração e acompanhamento das políticas públicas apresentadas para o desenvolvimento rural sustentável.
O Comitê das Associações Quilombolas do Vale do Ribeira (Coaquivale), gestor da experiência selecionada, surgiu com objetivo de dar visibilidade e autonomia a comunidades e associações para aumentar a qualidade de vida das comunidades quilombolas por meio do planejamento, geração de renda e acesso a políticas públicas. "Toda sugestão feita por ONG ou poder público passa pela Coaquivale. Assim, os encaminhamentos são feitos de baixo para cima, levando em consideração as necessidades da comunidade", explicou o coordenador da Coaquivale, Antônio Carlos de Andrade.
Segundo ele, o principal aspecto positivo em relação à prática é obter o reconhecimento da titulação de Territórios Quilombolas pela Fundação Palmares. Atualmente são onze comunidades tradicionais existentes na região. "Agora em abril será publicado no Diário Oficial da União o reconhecimento do Território de João Sudá", comemorou.
Aspectos sociais
O Território Vale do Ribeira (PR) possui sete municípios - Adrianópolis, Bocaiúva do Sul, Cerro Azul, Doutor Ulysses, Itapeçuru, Rio Branco do Sul e Tunas do Paraná. A população é de quase cem mil habitantes, dos quais aproximadamente 5 mil são agricultores rurais. Atualmente existem 280 famílias quilombolas na região.
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