VOLTAR

AA estão preocupados com alcoolismo entre indígenas

Folha de Boa Vista
13 de Set de 2007

O presidente da Junta de Custódios de Alcoólicos Anônimos do Brasil, Oscar Cox, está em Roraima até sexta-feira. Ele veio conhecer a realidade local e acompanhar o trabalho desenvolvido pelos grupos de Alcoólicos Anônimos no Estado.

Oscar Cox, que é psiquiatra, está visitando os grupos e participando das reuniões com os membros do AA. Na terça-feira à noite, ele participou da reunião do grupo do bairro Buriti. Como resultado das conversas com os integrantes do escritório local dos Alcoólicos Anônimos, o presidente da Junta disse que alguns dados locais se tornaram motivo de preocupação sua e que serão levados aos membros da Junta de Custódios que tem sede no Rio de Janeiro. Citou como exemplo o número elevado de casos de alcoolismo nas comunidades indígenas.

Os grupos constataram que o índice de alcoolismo nas malocas é muito alto. "Ouvi relatos que essas populações estão sendo destruídas pelo alcoolismo e número de suicídios causados após ingestão de grande quantidade de bebida tem sido grande", destacou.

Disse ainda que a sua função é viajar por todo o Brasil levando a mensagem do Programa de Recuperação de Doentes. Em Boa Vista, ele está dirigindo reuniões. "É importante essa troca de experiência, é fundamental que as vivências sejam compartilhadas. O que interessa à irmandade é a recuperação dos indivíduos", disse.

O trabalho de recuperação de alcoólatras tem obtido resultados positivos em todo o Brasil, segundo ele, no entanto, a entidade não trabalha com a elaboração de estatísticas, dessa forma não tem como precisar o número de recuperados.

A Junta de Custódios é uma irmandade composta por nove membros, sendo três não-alcoólicos e seis alcoólicos, eleitos na reunião anual da Conferência de Serviços Gerais. Eles atuam sob a direção da Junta de Serviços Gerais de AA do Brasil, que tem sede na cidade de São Paulo.

O trabalho dos grupos de AA consiste em fazer com que o alcoólatra procure atendimento e busque a recuperação. Uma das principais formas de ajuda é através da família que pode procurar auxílio sempre que tiver em seu convívio pessoas que bebem muito e passam a ter um comportamento estranho. Essa família pode procurar o grupo de ajuda familiar Al-Anon, que fica na Escola Estadual Princesa Isabel, rua Jaime Brasil, ou ligar para o telefone: 36235030.

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.