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6 livros para conhecer mais sobre a literatura indígena

Vogue - https://vogue.globo.com
09 de Ago de 2024

No Dia Internacional dos Povos Indígenas, Vogue Brasil compilou uma lista de seis dessas obras para leitores que buscam explorar mais perspectivas

Por Redação Vogue

Nesta sexta-feira (09.07) é celebrado o Dia Internacional dos Povos Indígenas, e sua literatura, muitas vezes enraizada em tradições orais, evidencia um poço profundo de conhecimento e sabedoria transmitido por meio de gerações. Essas histórias contam com percepções inestimáveis sobre as visões de mundo, valores e conexões espirituais dos povos indígenas com a terra e todos os seres vivos. Títulos como A Terra sem Males: Mito Guarani, Kurumi Guaré no Coração da Amazônia, e Wamrêmé Za'ra: Nossa palavra - Mito e história do povo xavante iluminam essa profundidade. Vogue Brasil compilou uma lista de seis dessas obras para leitores que buscam explorar mais perspectivas. Confira abaixo:

A Terra sem Males: Mito guarani
Esta obra nos fala do profundo anseio humano por um mundo melhor, mais pleno e feliz para todos. Essa ideia está presente em diversas culturas e é registrada em muitos mitos diferentes que, no fundo, apontam para esse mesmo anseio humano. Esses mitos alimentam nossa esperança de que um outro mundo é possível. O livro é composto também por uma seção informativa que nos fala um pouco do sentido do mito, e de elementos e da cultura dos índios do Brasil.

Kurumi Guaré no Coração da Amazônia
À beira do paraná do Urariá, o pequeno Yaguarê Yamã aprendeu a viver em contato com a natureza exuberante, intocada, preservada. Singra lagos e ygarapés sob as copas da mata alagada, escapa de bichos nos ygapós, percebe os espíritos da floresta, vê homens lutando com animais gigantescos. As histórias que ouve dão medo na hora de dormir, mas o kurumi segue as tradições de seu povo, enfrenta o ritual da tukãdera e vai crescendo em tamanho e sabedoria.

Wamrêmé Za'ra: Nossa palavra - Mito e história do povo xavante, de Sereburã
Este livro traz a voz desse povo, 50 anos após os primeiros contatos com o branco. São traduzidas narrativas da história oral Xavante que constituem parte significativa de sua memória coletiva. Integram o livro desenhos dos Xavantes que mostram aspectos de seus mitos e de seu cotidiano, além de fotografias que documentam circunstâncias históricas dos contatos com o branco, ocorridas há meio século, e também cenas atuais de suas vidas.

O Karaíba: Uma história do pré-Brasil
Antes da chegada dos colonizadores europeus, os habitantes do Brasil eram organizados, tinham sua vida estruturada e tiravam proveito da exuberante natureza que os cercava. Nessa narrativa cheia de aventura, poderemos imaginar um pouco sobre quais eram seus amores, seus dramas e suas ansiedades em relação ao futuro. De acordo com o autor, este romance procura reconstituir um pouco da cultura pré-cabraliana. Não está completa. Há muitos estudos científicos que podem ajudar-nos a compreender melhor o que aqui foi contado. "Caberá ao leitor e à leitora completarem essa história. Ela termina quando começa a história narrada pelos invasores".

O povo Pataxó e suas histórias
Este livro que fala de caças, matas, rios, peixes, ervas, pássaros, roçados, estrelas, caciques, benzedores... É a voz de cinco professores indígenas Pataxó - aldeia localizada no município de Carmésia, em Minas Gerais - revelando-nos a história de seu povo - hábitos, crenças, valores, tradições, luta pela sobrevivência. As ilustrações, também dos professores, valorizam a narrativa, acentuando seu caráter genuíno e original. E na apresentação do livro, um desejo e uma esperança: O nosso objetivo é construir um currículo diferenciado para nossas escolas, com nossas próprias reflexões e informações do nosso passado e futuro. Esperamos que este livro possa voltar para nossas escolas e também contribuir com outras escolas não indígenas, para o conhecimento da verdadeira história no país.

Quando eu caçava tatu e outros bichos
Nestas páginas, o leitor conhece um pouco sobre Tiago Nhandewa e, principalmente, sobre algumas de suas vivências e as dos kunumingwé - etnia Guarani-Nhandewa, da qual faz parte. São aventuras de seu tempo de menino na aldeia, mas que podem refletir as brincadeiras e peripécias de crianças de qualquer lugar. Contudo, aqui, nesta história, há o toque especial dos hábitos e costumes do seu povo. O leitor é convidado a sentar em roda, ou mesmo no aconchego de seu lar, e desbravar noites na mata atrás de tatu, mergulhar no rio na hora de pescar peixe, ou escapulir sorrateiramente para uma aventura proibida. Quando eu caçava tatu e outros bichos é o convite de Tiago a todos, independentemente da idade ou de onde more a criança interior de cada um.

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