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Autor: Vanessa Lima
04 de Ago de 2011
O 6 Batalhão de Engenharia de Construção (BEC) realizou, no final da manhã de ontem, solenidade militar de inauguração do Horto Komamí. Mudas das principais árvores de reflorestamento da Amazônia, como o buriti e o açaí, serão cultivadas no viveiro para recuperação de áreas degradadas em Roraima e no Amazonas.
O comandante do 6 BEC, tenente-coronel José Mateus Ribeiro, informou que a pretensão é chegar à produção de 30 mil mudas anualmente. Com isso, o Exército Brasileiro em Roraima chegará a zerar a emissão de crédito de carbono por ano.
"O Exército está em guerra contra a degradação do meio ambiente e a favor da recuperação das áreas degradadas do nosso meio ambiente e da floresta amazônica. Além de guardar estas áreas, vamos conservá-las e aumentá-las", frisou o tenente-coronel.
Na solenidade militar de inauguração do horto, além de autoridades convidadas, estiveram presentes o general João Carlos Vilela Morgeiro, chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas do Ministério da Defesa, e o general Franklimberg Ribeiro de Freitas, comandante da 1ª Brigada de Infantaria de Selva.
O horto abriga mudas de várias espécies nativas na região amazônica. Até mesmo orquídeas estão sendo estudadas para serem reintroduzidas junto ao meio ambiente. A coleta das sementes é feita na floresta. Uma planilha está sendo desenvolvida para a coleta de cada tipo de muda.
Depois de coletadas, as sementes são levadas para o viveiro onde todo o desenvolvimento é acompanhado por uma equipe de militares profissionais na área. "O nosso interesse é desenvolver as mudas, principalmente as nativas da região. A função é suprir essa falta de muda para recuperação de áreas degradadas. Temos muitas espécies que podem ser utilizadas para a recuperação, só que elas não estão sendo bem aproveitadas", explicou a sargento Rubia Cristine Rodrigues, engenheira agrônoma.
Por meio de um convênio com o 6 BEC, a Petrobras foi parceira na iniciativa e entrou com recursos. O Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Femarh) e a Prefeitura de Boa Vista colaboraram na qualificação da equipe que ficará responsável pelo viveiro. As madeiras para a construção do horto também foram doadas pelos órgãos oriundas de apreensões.
KOMANÍ - Diz a lenda que uma tribo Macuxi, que habitava as terras de Macunaima, enfrentava tempos difíceis com a escassez de alimentos. Foi quando uma árvore forte e frutífera brotou no meio da aldeia saciando a fome de todos os índios. A ela foi dada o nome de Komaní, que quer dizer Árvore do Viver.
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