VOLTAR

14 indígenas estão entre os calouros da PUC-SP

O Povo-Fortaleza-CE
19 de Jan de 2002

No início das aulas deste semestre, os alunos da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) vão encontrar uma turma diferente. Trata-se de um grupo de 14 descendentes de índios, das tribos Pancararu e Guarani, aprovados há pouco no vestibular. Além da ascendência indígena, eles deverão se distinguir dos outros estudantes pelo fato de serem originários de famílias pobres.

A maioria reside num dos conjuntos habitacionais do Projeto Cingapura, no Real Parque, Zona Sul de São Paulo. Só vão conseguir freqüentar os cursos da PUC, com mensalidades acima de R$ 700,00, porque a instituição vai dar bolsas de estudo integral para todos.

No total, foram 28 descendentes de indígenas que prestaram o vestibular. Dos 14 aprovados, 11 são pancararus e quatro, guaranis. Há apenas quatro homens entre eles. No dia dos exames, tiveram tratamento diferente, na categoria dos chamados casos especiais, que inclui os deficientes visuais.

Os índios chegaram à Pontifícia Universidade Católica com o apoio de várias instituições. O Cursinho da Poli, financiado pelo Grêmio da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), ofereceu bolsas de estudos a todos os interessados dos dois grupos indígenas. No total apresentaram-se 34 índios, que estudaram durante um ano. A Funai ajudou com passes de ônibus e dinheiro para lanches.

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.