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12 são presos por venda de carvão ilegal em MG

OESP, Vida, p. A17
01 de Abr de 2009

12 são presos por venda de carvão ilegal em MG

Eduardo Kattah

Pelo menos 12 pessoas foram presas temporariamente ontem durante a Operação SOS Cerrado, desencadeada em conjunto pelo Ministério Público Estadual (MPE), pela Secretaria de Estado da Fazenda (SEF) e Polícia Militar para desarticular a chamada "máfia do carvão" - grupo de organizações acusadas de vender carvão vegetal ilícito a indústrias siderúrgicas nas regiões norte e noroeste de Minas. Ao todo foram cumpridos também 51 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Estadual.

Dois servidores públicos - um do Serviço Integrado de Administração Tributária (Siat) e um engenheiro do Instituto Estadual de Florestas (IEF) - estavam entre os suspeitos presos. Foram presos também "laranjas", produtores rurais e contadores. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados por ordem judicial. Eles deverão responder por crimes contra a ordem tributária, contra a fé pública, a administração pública, o meio ambiente e outros crimes conexos. Até o final da tarde, seis mandados de prisão não haviam sido cumpridos.

Conforme o MPE, todo o processo de investigação se originou da preocupação com o impacto ambiental no norte e noroeste do Estado e "pela rapidez com que o bioma cerrado tem sido dizimado nessas regiões".

Em comunicado distribuído ontem, o MPE alerta para a "necessidade de políticas públicas mais efetivas para a proteção desse bioma em risco de extinção" e afirma que "crimes desta natureza contribuem para que o cerrado possa desaparecer em pouco mais de 20 anos". A estimativa é que o dano ambiental ultrapasse 1 milhão de metros cúbicos de carvão, o equivalente a cerca de 15 mil campos de futebol.

Os suspeitos, conforme as investigações, utilizavam de meios fraudulentos para acobertar a origem irregular do produto e praticar "desvios contra a ordem tributária, iludindo, no todo ou em parte, o pagamento dos tributos devidos em cada operação". Pela contabilidade da força tarefa, o montante não recolhido aos cofres públicos supera R$ 23 milhões.

OESP, 01/04/2009, Vida, p. A17

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