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Saúde e doença em índios Panará (Kreen-Akarôre) após vinte e cinco anos de contato com o nosso mundo, com ênfase na ocorrência de tuberculose (Brasil Central).

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Em 1973, houve a quebra do estado de isolamento dos Panará (Kren-Akarore) no interior da floresta amazônica. Dois anos após estavam reduzidos a 82 indivíduos, de uma população estimada em 400 a 500 em meados dos anos 60. Em 1998, o exame dos Panará, nas cabeceiras do rio Iriri, sul do Pará, levou ao diagnóstico presuntivo de tuberculose em 15 indivíduos, dos quais 10 foram confirmados na cidade de Colider com base em dados clínicos e radiológicos. Desses 10 casos, 6 eram menores de 10 anos de idade e 4 tinham de 40 a 50 anos. Todos da tribo apresentavam cicatriz vacinal do BCG. Em crianças, a prevalência de desnutrição crônica e de anemia ferropriva foi menor do que a relatada em outros grupos indígenas da região amazônica. As medidas de controle da Tb, a nível local, incluíram: a) continuidade do tratamento dos pacientes, na aldeia, sob supervisão do Auxiliar de Enfermagem e do Agente Indígena de Saúde; b) observância dos critérios de cura; c) acompanhamento clínico de comunicantes e não-comunicantes dada a elevada prevalência da doença; d) implantação de sistema de referência e contra-referência com serviços de saúde de Colider.