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Justiça absolve peruanos presos pelos índios Ashaninka

A Tribuna -Rio Branco-AC
11 de Nov de 2002

Os três madeireiros peruanos, presos em um acampamento pelos índios Ashaninka sob a acusação de exploração ilegal de mogno na região, foram absolvidos pela Justiça, por falta de provas. A informação é do superintendente da Polícia Federal no Acre, Paulo Bezerra.

Segundo o superintendente, a PF vem acompanhando esse caso de perto, e confirma que a absolvição se deu realmente em razão da falta de provas, pois não foram encontrados com eles elementos que caracterizem flagrante tais como motosserras, ou outros instrumentos que promovam derrubadas.

"Mesmo assim, ouvimos os depoimentos deles, instauramos inquérito e pedimos a prisão preventiva, entretanto, por falta de provas, a Justiça revogou o pedido de prisão, e, possivelmente, no decorrer desta semana estarão retornando ao país de origem", disse Paulo Bezerra.

O superintendente esclareceu ainda que outro fator que pesou para que o pedido de prisão preventiva não fosse mantido, é que não ficou delimitado se efetivamente eles estavam no território peruano ou brasileiro quando foram presos pelos índios, que em seu território têm poder de polícia.

Paulo Bezerra não descarta a possibilidade de que exista um novo grupo de peruanos interessado em chegar na área dos Ashaninka para exploração ilegal do mogno. "Exatamente por conta disso, a Polícia Federal permanecerá atenta, juntamente com a Funai e Ibama, para fazer frente a qualquer ação registrada nesse aspecto.

Mais um posto de fiscalização está sendo construído na região onde ficarão representantes do Exército Brasileiro, e, periodicamente, da Polícia Federal. O objetivo é aumentar a vigilância nas áreas de fronteira, e a preservação das riquezas da região, principalmente do mogno".

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