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Manifestos quilombolas: desta terra, nesta terra, para esta terra.

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A tese analisou as reivindicações quilombolas por território e a forma como essas comunidades se relacionam com as terras que habitam. A pesquisa investiga como a relação dos povos quilombolas com a terra está intrinsecamente relacionada com os processos de subjetivação dessas sociedades. O trabalho de pesquisa tem como objetivo problematizar a produção de uma comunidade quilombola no Brasil em suas dimensões éticas, estéticas, políticas e econômicas, tendo em vista uma perspectiva espacial. Para tanto, parte-se primeiramente de uma experiência antropológica realizada na Comunidade de Remanescentes de Quilombo do Mandira, situada no interior do estado de São Paulo. No desenvolvimento da pesquisa, apresenta-se um estudo que visa evidenciar a relação do quilombo com a terra como afirmação de uma ética, estética, política e economia da circularidade e da diferença. A experiência antropológica na comunidade quilombola do Mandira é assumida neste exercício crítico frente às topologias coloniais conservadas em nossa contemporaneidade. Desse modo, o quilombo é assumido como um conceito que tem por princípio a invenção e a diferença como efetuação de uma prática emancipadora do colonialismo contemporâneo. Sua relação cosmológica com a terra é evidenciada como constituinte de uma cultura compósita que tem a terra como sua dimensão existencial, em oposição às culturas atávicas que têm a terra como uma conquista a ser explorada