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Presidente da Funai vai até base 'cercada' por narcotraficantes

Folha online - http://www1.folha.uol.com.br/
Autor: João Carlos Magalhães
08 de Ago de 2011

O presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), Márcio Meira, a secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, e servidores da Polícia Federal irão na terça-feira (9) para a frente de proteção de índios isolados no Acre que foi cercada por narcotraficantes vindos do Peru.

Os membros do governo descerão de avião em Feijó (AC) e de lá seguirão em um helicóptero até a base, próxima à fronteira com o país vizinho.

Segundo a assessoria da fundação em Brasília, policiais militares do governo do Acre chegaram domingo (7) ao local e fazem buscas na floresta.

Na base, um grupo de cinco funcionários da Funai se diz "cercado" por traficantes armados. Um dos servidores é o coordenador-geral de Índios Isolados, Carlos Travassos. Ele disse à Folha ontem que há a possibilidade de que o grupo de invasores já tenha travado contato violento com os isolados.

"Achamos um acampamento dos caras aqui perto e achamos uma mala. Nela, estava um pedaço de flecha dos isolados."

Parte desses índios, cuja etnia ainda não foi completamente identificada, tem sido filmada e fotografada desde 2008, o que atraiu atenção internacional.

De acordo com Travassos, os narcotraficantes são ligados a um português retido em março deste ano em um posto de vigilância da Funai na região.

Ao ser reconhecido pela Polícia Federal como traficante internacional de drogas, o português foi extraditado e ameaçou se vingar do funcionário da Funai que o reteu.

"Um mês atrás os [índios da etnia] ashaninka brasileiros receberam uma mensagem via radiofonia de seus parentes [outros índios ashaninka] que moram no Peru dizendo que um grupo fortemente armado estaria descendo o rio Envira em direção a base de vigilância em busca do português."

"Oficiamos os ministérios da Justiça e da Defesa. Foi realizado um sobrevôo no avião do Exército. Obviamente, de avião não se vê nada na mata fechada", afirmou Travassos.

No último dia 24, servidores da Funai na região viram três homens, que lhes apontaram rifles.

Os funcionários se esconderam na mata e a base em que trabalham foi invadida e saqueada.

Depois do episódio, Travassos, que normalmente fica em Brasília, foi para a área para "saber o que motivou a situação".

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