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01 de Set de 2024
Movimento pró-Amazônia se diz preocupado com florestas e cobra mais ambição do governo Lula
Articulação que reúne mais de 20 mil ativistas quer entregar carta a ministros
Mônica Bergamo
01/09/2024
O Amazônia de Pé, movimento pela proteção das florestas e dos povos da região que reúne mais de 20 mil ativistas e 350 organizações, elaborou uma carta em que manifesta "profunda preocupação" com a situação das florestas públicas na Amazônia Legal e cobra medidas urgentes do governo Lula.
A articulação diz reconhecer os esforços da gestão atual, mas pede "mais ambição do governo federal" na demarcação de territórios indígenas, no reconhecimento de territórios quilombolas e na destinação de terras para políticas públicas.
"Pedimos que o governo federal se una ao corpo técnico das organizações socioambientais e à demanda popular para estabelecer uma política pública robusta e duradoura que garanta a proteção das florestas públicas da Amazônia e a liderança do Brasil no cenário climático global, evitando cenários catastróficos como o que assistimos atualmente com as queimadas", afirma o texto.
O documento deve ser entregue pessoalmente à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e ao ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, durante a Cúpula Social do G20, que será realizada em novembro.
A iniciativa, segundo o Amazônia de Pé, também busca reivindicar que movimentos populares e populações indígenas, quilombolas e ribeirinhas sejam ouvidos durante as negociações da COP30, que será sediada em Belém, no Pará, em 2025.
Nos próximos dias, os pontos da carta serão discutidos durante a Virada Cultural Amazônia de Pé 2024, que será realizada entre 5 e 8 de setembro. O evento reunirá ativistas socioambientais de todo o país e terá cerca de 300 oficinas, debates e apresentações artísticas.
"É importante que o Brasil entenda que o que acontece na Amazônia não fica só na Amazônia. Quando a floresta é derrubada, isso afeta cidades de todo o país, de Norte a Sul. A gente sente no preço da comida, na conta de energia, na falta de água, nas ondas de calor, nas secas e enchentes extremas", diz a diretora do Amazônia de Pé, Daniela Orofino.
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