VOLTAR

Militantes invadem usina hidrelétrica de Tucuruí, no Pará

FSP, Brasil, p. A9
24 de Mai de 2007

Militantes invadem usina hidrelétrica de Tucuruí, no Pará
Governo enviou tropas do Exército ao local; manifestantes aceitam deixar o local em troca de audiência em Brasília
Geração de energia não foi afetada; à noite, apenas dez pessoas permaneciam na sala de controle da usina para manter as negociações

Letícia Sander
Pedro Dias Leite
Da sucursal de Brasília

Cerca de 600 manifestantes de entidades como o MST, a Via Campesina e o MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens) invadiram ontem de manhã a hidrelétrica de Tucuruí, no Pará. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou o envio de tropas do Exército -que chegaram ao local à noite. No fim da tarde, porém, a maioria dos manifestantes já tinha deixado o local. Eles aceitaram sair em troca de uma audiência em Brasília com representantes do Ministério de Minas e Energia e da Secretaria Geral da Presidência. Eles querem indenização às famílias desalojadas devido à construção da usina, entre outras medidas.
À noite, só dez pessoas continuavam na sala de controle da usina para manter as negociações. A avaliação do governo é que a situação estava sob controle, mas as tropas federais chegaram ao local à noite. Os manifestantes chegaram à usina por volta das 5h e entraram em conflito com PMs. Aildo Ferreira Gonçalves, 30, foi ferido no pescoço por balas de borracha, segundo o MAB. Mesmo invadida, Tucuruí não deixou de gerar energia.
Segundo a Eletronorte, a sala de controle foi desligada quando houve a invasão e a usina passou a ser controlada do local onde ficam as turbinas. No momento da invasão, Tucuruí gerava cerca de 3.800 MW. No início da noite, a geração de energia subiu a 4.810 MW.
Colaborou Kátia Brasil, da Agência Folha, em Manaus

FSP, 24/05/2007, Brasil, p. A9

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.