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07 de Out de 2024
Imagens de satélite mostram antes e depois de rios da amazônia na seca
Rio Negro registrou seu nível mais baixo em 122 anos de medição na noite de domingo (6)
07/10/2024
A severidade da seca que atinge a amazônia foi registrada na comparação entre imagens de satélite de diferentes datas. Nas fotos, trechos dos rios Negro e Solimões exibem bancos de areia e áreas secas por onde antes passava a água.
As fotos foram coletadas pela SCCON na rede do programa Brasil MAIS, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que fornece imagens de satélite da Planet.
No caso do rio Negro, o trecho fotografado em 8 de agosto e na última quarta-feira (2) fica a 118 km de Manaus. As áreas cobertas pelo rio passaram a mostrar bancos de areia, poças rasas e vários trechos descobertos.
Cerca de 1.000 km a oeste dali, na fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia, o rio Solimões, em Tabatinga (AM), passou pela mesma transformação. O registro de 17 de julho mostra a água correndo, ainda que terrosa, por causa de sedimentos. Mas a foto de 21 de setembro, já mostra o leito mais baixo, com bancos de areia e áreas secas no entorno.
No domingo (6), o rio Negro atingiu, às 20h15, 12,39 m de profundidade, seu nível mais baixo em 122 anos de medição em Manaus (AM). Desde quinta-feira (3), a marca recuou 29 cm e ainda pode cair mais, devido à falta de previsão de chuva para a região amazônica.
Na seca mais severa dos últimos tempos, registrada no ano passado, o nível chegou a 12,70 m em 26 de outubro. Neste ano, os dados do Sistema Hidro do SGB (Serviço Geológico do Brasil) registraram o recorde negativo às 17h30 de quinta-feira (3), com 12,68 m. No dia seguinte, a marca caiu para 12,59 m e, neste domingo, ficou em 12,39 m.
Para se ter uma noção da severidade da atual seca no rio Negro na região de Manaus, o nível mais alto que já alcançou naquele local foi de 30 m, em junho de 2021. O rio percorre mais de 1.300 km do território brasileiro e é o maior afluente da margem esquerda do rio Amazonas, o maior rio em vazão do mundo.
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