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Ecovogt, tecido a base de plantas da Amazonia

OESP, Economia, p.B8
02 de Out de 2004

Ecovogt, tecido à base de plantas da Amazônia
Carlos Franco
O estilista paranaense Caio Von Vogt, de 34 anos, criou um tecido - que tem o seu nome -, com o qual espera conquistar o mercado externo: o ecovogt, produzido com plantas aquáticas das regiões ribeirinhas da Amazônia. O tecido foi desenvolvido a partir da experiência da população dessas áreas, que herdou de tribos indígenas as técnicas de trançar fibras.
Von Vogt pesquisou a matéria-prima por seis anos, até chegar a uma parceria com a Companhia Têxtil de Castanhal capaz de garantir a produção industrial.
A idéia do estilista é que as populações ribeirinhas forneçam a matéria-prima com a qual a tecelagem terá condições de produzir 100 mil metros mensais do tecido. Dessa forma, ele acredita que estará também ajudando a região a preservar suas técnicas e a vegetação nativa, associada ao folclore da região. O ecovogt demora dois anos para se desfazer depois que o consumidor pára de usar, enquanto o algodão leva dez anos e o poliéster pode chegar a cem anos.
O metro do tecido chegará ao consumidor a R$ 18, perto do preço médio do linho, de R$ 15. Por ser ecológico, Von Vogt acredita que o produto tem tudo para conquistar o mercado europeu. As cores do ecovogt também são resultado de extratos de plantas, como urucum, macela, anileira, folha de mamona e açafrão brasileiro, que deram origem a dez cores, entre as quais salmão, verde-água, terra e carmim.

OESP, 02/10/2004, p. B8

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