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Prefeitura de SP adere a 'pacote verde' da Uniao

FSP, Cotidiano, p.C5
18 de Ago de 2005

Prefeitura de SP adere a "pacote verde" da União
DA REPORTAGEM LOCAL
A Prefeitura de São Paulo aderiu a um programa do Ministério do Meio Ambiente para adotar medidas ambientalmente exemplares. A intenção, ao entrar no programa Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P), é reciclar materiais, economizar água e energia e comprar produtos "verdes", como papel reciclado e madeira certificada."Nas lutas pelo ambiente, o que sempre assombra é a distância das intenções, dos projetos de lei, para a prática. Estamos tratando de estreitar essas distâncias", disse o prefeito José Serra (PSDB).
Segundo a gestora da comissão A3P do Ministério do Meio Ambiente, Patrícia Grazinoli, o programa nasceu em 1999 com a idéia de que o governo desse o bom exemplo e usasse seu poder de compra para alavancar vantagens socioambientais.
Serra acredita que o gás natural pode ser uma saída para melhorar a poluição atmosférica.
A inspeção veicular, prometida para começar em 2006 na cidade, parece longe de se concretizar. "O programa é sempre muito levantado, mas avançou pouco no país. Há uma dificuldade porque o governo não define uma posição, se vai fazer, não vai", disse.
O prefeito afirmou, entretanto, que tentará realizar uma "implantação séria" da coleta seletiva na cidade, também como forma de diminuir a ocupação da região central por catadores. "Tem que ter alguém limpando 24 horas por dia. Essa é uma questão prioritária da Secretaria de Serviços."
Serra disse ainda que irá aumentar o número de guardas ambientais. "São 32 guardas hoje e vamos ter 200", afirmou ele.
Trolebus
Para reduzir a poluição atmosférica em São Paulo, o prefeito tucano José Serra não cogita aumentar a frota de trolebus. Segundo ele, o uso desse tipo de transporte e de bicicletas "não tem muito futuro para despoluir o ar".
O secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente, Eduardo Jorge, discorda. "O prefeito me atendeu nesse ponto e sustou o leilão de 80 trolebus", afirmou ele, que vai trabalhar de bicicleta.
Segundo Marcos Galesi, do Movimento Respira São Paulo, desde o final de 2002 há uma luta para que o sistema de trolebus não seja desativado. "O trolebus pode não ser a saída da despoluição total, mas pode resolver parte da poluição se colocado nos corredores."
O secretário estadual do Meio Ambiente, José Goldemberg, afirmou ontem que era necessário se livrar dos combustíveis fósseis para melhorar a qualidade do ar e disse que, entre os projetos em andamento, existe um para colocar mais trolebus em São Paulo. "Eles não contribuem para a emissão de gases", disse.Hoje, há trolebus em São Mateus, Penha, Vila Prudente (bairros da zona leste), além de Ipiranga e Aclimação (zona sul).

FSP, 18/08/2005, p. C5

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