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Petrobras bate recorde de multas ambientais do Ibama neste ano

FSP - https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painelsa
27 de Out de 2019

Petrobras bate recorde de multas ambientais do Ibama neste ano
De R$ 274 milhões desde 2015, órgão registra só R$ 11,8 milhões quitados. Procurada, empresa diz respeitar a vida

Joana Cunha
27.out.2019 às 2h31

Neste ano em que o Brasil enfrenta o maior desastre ambiental de sua história com o vazamento de óleo de origem desconhecida no Nordeste, o país lida com outros recordes negativos na área. A Petrobras vai fechar 2019 com o maior patamar de multas por infrações ambientais diversas aplicadas pelo Ibama nos últimos cinco anos. De janeiro a outubro, a estatal brasileira recebeu 316 autuações do órgão, número que já supera as 311 que acumulou em todo o ano passado.

Calculadora Desde 2015, a estatal foi autuada 765 vezes. Somadas, as multas alcançam R$ 274 milhões em infrações. Só 40% delas, aproximadamente, são classificadas pelo Ibama como quitadas e somam R$ 11,8 milhões.

Escala Individualmente, a maior multa do período analisado, de R$ 35 milhões, foi registrada em agosto, segundo levantamento feito pela coluna com dados públicos no site do Ibama. As três penalidades seguintes mais caras também aconteceram em 2019.

A pagar As 456 multas não quitadas, segundo o Ibama, são classificadas em diferentes categorias. Algumas estão em processo na Justiça, outras foram notificadas e aguardam pagamento ou recurso. Também há casos de cobrança judicial e até prescrição ou baixa, entre outras situações.

Outro lado Procurada, a Petrobras afirma que "adota as melhores práticas de gestão ambiental" e que tem "respeito à vida, às pessoas e ao ambiente". Em nota, diz que "apesar das medidas preventivas, caso ocorram incidentes, de imediato são verificadas as causas e usados todos os recursos para a mitigação".

Porte A Petrobras anunciou na quinta (24) o resultado do terceiro trimestre, com lucro de R$ 9,1 bilhões, alta de 36,8% com relação ao mesmo trimestre do ano passado.

Onda O governo Bolsonaro aponta a Venezuela como origem do vazamento do óleo no litoral do Nordeste. Análise de coletas feitas pela Universidade Federal da Bahia chegou a conclusão semelhante.

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