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Grupo da Funai no Acre diz estar cercado por traficantes

FSP, Poder, p. A6
08 de Ago de 2011

Grupo da Funai no Acre diz estar cercado por traficantes
Servidores estão em posto de proteção a índios isolados na fronteira com o Peru e temem ataque a aldeias

De Brasília

Um grupo de cinco funcionários da Funai (Fundação Nacional do Índio) que atua em um posto de proteção a índios isolados na selva amazônica se disse "cercado" por traficantes armados em território brasileiro. Eles temem um ataque às aldeias.
A base da Funai fica a 23 km da fronteira peruana e a 231 km da cidade brasileira mais próxima, no Acre.
Parte dos índios, cuja etnia ainda não foi identificada, tem sido filmada e fotografada desde 2008, o que atraiu a atenção internacional.
A equipe da Funai no posto é formada por alguns dos mais experientes servidores do órgão, como o coordenador-geral de índios isolados, Carlos Lisboa Travassos.
Por e-mail à Folha, Travassos relatou a situação. "Estamos totalmente cercados. E não faremos nada até que se tomem providências e saibamos exatamente o que esta tropa peruana está fazendo aqui, no Brasil, em área de ocupação restrita dos índios isolados."
Travassos disse ter certeza de que os invasores são peruanos e estão armados.
A primeira vez que os servidores viram o grupo de supostos traficantes foi no último dia 23. Eles então deixaram a base e pediram apoio da Polícia Federal. Quando regressaram, descobriram que o posto fora saqueado.
Por temerem um conflito entre os invasores e os índios, os servidores da Funai decidiram permanecer no posto. A PF havia recomendado que eles saíssem até que fosse feita uma investigação. (Rubens Valente)

FSP, 08/08/2011, Poder, p. A6

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po0808201106.htm

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